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A Quinta dos Abibes, Remonta a 1792. Nos trabalhos preparatórios de engenharia civil, achou-se uma pia de pedra calcária, soterrada junto ao velho lagar de granito, com uma inscrição datada de 1792, atualmente exposta no pateo da entrada. As subsequentes pesquisas, com o valioso contributo da Câmara Municipal de Anadia, permitiram desvendar parcelas de história da Quinta dos Abibes, então Quinta da Murteira, desconhecidas pelo atual proprietário aquando da aquisição da propriedade.
Situada em Aguim, existem, assim, referências coevas à produção de vinho na Quinta desde o século XVIII. O sopé na encosta a noroeste da serra do Buçaco, de onde se vislumbra a Cruz Alta, acolhe histórias do vinho e projecta vinhos com história. E é aí que, desde 2003, dez hectares de terra até então de há muito abandonados, reataram, desde a drenagem profunda e a correcção dos solos até à plantação da vinha, o trajecto que atualmente se expressa nos vinhos “QUINTA DOS ABIBES”.
O Produtor, Chegou à Quinta dos Abibes porque, como Alberto Caeiro escreveu, “A espantosa realidade das coisas é a minha descoberta de todos os dias. Cada coisa é o que é, e é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra”. Francisco Jorge Batel Marques, mentor e viticultor, materializou os sonhos, os sentidos e os significados do seu arquétipo cultural na criação de vinhos, como um rol do imaginário das suas raízes maternas, na terra, e paternas, no mar. Num local onde, desde pelo menos o século XVIII já se fazia vinho.
O Projeto, Criar vinhos é, acima de tudo, trabalhar para construir perfis de cores, de aromas e de sabores: numa palavra, construir a personalidade dos vinhos. O risco inicial, quando tudo se iniciou com a preparação dos terrenos, a seleção das castas, dos clones, dos porta enxertos e da orientação das linhas de videiras à exposição solar, comportou o cotejo adaptatício dos elementos que em conjunto enformam um “terroir”. E foi assim a Quinta dos Abibes.
Espumante Quinta do Abibes Arinto & Baga Reserva 2022, De aspecto cristalino com bolha fina persistente e presença de coroa. Cor citrina com ligeiros laivos dourados.
Aroma frutado, fresco realçando notas de fruta vermelha (mirtilo e cassis), ligeiro mineral. Sabor a maçã verde, mascarada com um brioche bem casado, crocante, elegante mousse envolvente e com final persistente.