Adega da Cartuxa, A sua origem remonta ao Mosteiro da Cartuxa de Évora, o nome provém dos “Cartuxos”, ordem religiosa, que estiveram no Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli. A propriedade atual era parte integrante da Casa dos Jesuítas, que lecionavam na Universidade de Évora nos séculos XVI e XVII. Em 1759, com a ordem de expulsão dos Jesuítas, pelo Marquês de Pombal, a propriedade passou para o domínio do estado e em 1776 passa a funcionar como lagar de vinho, que absorvia a produção da região.
No século XIX, a família Eugénio de Almeida adquiriu a propriedade. Mais tarde em 1963, Vasco Maria Eugénio de Almeida funda a Fundação Eugénio de Almeida, que passa a incluir todo o património. Além da produção de vinho, a fundação tem propósitos culturais, educativos, sociais e espirituais.
Ao longo do tempo, a fundação tem acompanhado a evolução dos tempos, modernizando-se e desta forma mantem o legado e as tradições aliados a inovação, sustentabilidade e respeito pelo Terroir.
Pêra-Manca, é um dos vinhos mais icónicos da Fundação Eugénio de Almeida. Reza a lenda e a história citada em crónicas do século XVI, que foi o Pêra-Manca, o vinho eleito para brindar ao encontro entre a população indígena do Brasil e o navegador Pedro Álvares Cabral aquando da sua chegada em 1500.
O nome Pêra-Manca terá a sua origem, nos terrenos, onde se encontravam as vinhas, serem uma espécie de barranco, onde as suas pedras soltas mancavam o mesmo. Ao longo da sua história e dos tempos, tornou-se num dos melhores vinhos de Portugal! Originalmente pertencia à Casa Agrícola José Soares que no Século XIX, produziu um vinho com o nome famoso. Criou em 1987 o Garrafeira desse ano que por muitos é visto como o início do projeto de produzir com esse nome o melhor vinho da colheita. Em 1989 passa para as mãos da Fundação Eugénio de Almeida e começa o mais ousado projeto que foi pensado para o Pêra-Manca atingir o nível que hoje tem. Em 1990 foi produzido o primeiro Pêra-Manca oficial e desde então com o passar dos anos, a sua qualidade tornou-se lendária e foi atingido o estatuto de ícone no mundo dos vinhos em Portugal. Comprovado também por os inúmeros prémios, distinções e menções nacionais e internacionais.
Pêra Manca 2019, Cor Rubi opaco. Com aroma a passas de frutos e essências das madeiras de estágio, especiarias. É um vinho denso, encorpado, complexo e elegante, Devido à grande qualidade dos taninos e madeiras utilizadas, são vinhos que apresentam grande longevidade, necessitando de algum tempo para revelar todo o seu potencial.